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Infância

Nasci na cidade de Salvador, Bahia, em 1984 e aqui estou, brincando de inventar arte, me reinventando sempre. Minha tetravó, Domingas, africana de etnia Jeje, era mãe de Clotilde (minha trisavó e irmã de Theodoro Sampaio, um dos maiores pensadores negro de seu tempo), rios que desaguam em meu pai. Com irmão regente, sobrinhos instrumentistas, cantores e cantoras na família, ele não fugiu à regra, é artista plástico e músico, fez parte do coletivo de artistas baianos Etsedron ("Nordeste ao avesso", movimento de vanguarda nas décadas de 1960 e 1970). Cresci ao som do seu sax tenor e de suas composições, feliz em vê-lo pegar o violão para me acompanhar quando eu queria cantar ou tocar. Ele me dizia: toque com alma! E até hoje me inspira com a sua inteligência e sensibilidade artística.

Estava com 6 anos de idade quando minha mãe, artesã e apreciadora das linguagens artísticas, me matriculou em dois dos cursos de extensão da Universidade Federal da Bahia (UFBA), um na Escola de Dança e outro na Escola de Música (EMUS), nesta última vivenciei uma iniciação musical voltada para apreciação musical com a saudosa educadora e violonista Marialva Rios, participando também da montagem Boi Bonito (recriação de Reisado) no Teatro Baiano de Tênis. Ainda na EMUS, aos 7 anos estava na Oficina de Flauta Doce, onde estudei por três anos com a educadora Brasilena Trindade, com ela participando paralelamente do projeto Viver com Arte da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), quem primeiro plantou a semente da acessibilidade em mim. Com 10 anos de idade passei para o Curso Básico de Flauta Transversal e, ao longo de quatro anos, tive por professores flautistas como Lucas Robatto, Andréa Bandeira, Rita Teixeira. Cantei e fiz intervenções com a flauta transversal em canções do repertório do Coral Infantojuvenil da EMUS, regência da maestrina Leila Dias, participando de diversas apresentações pela cidade e da montagem Bahia Internacional Banda, coordenada pela etnomusicóloga Emília Biancardi. Ainda na UFBA toquei na Banda Sinfônica, sob a regência interina do maestro Leandro Gazineo. Após terminar o Curso Básico, a professora Rita Teixeira me apresentou o Instituto de Educação Musical (IEM), onde continuei as aulas e participei do Conjunto de Flautas Transversais de lá.

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